terça-feira, 26 de maio de 2009

Grupo D: Pré-cinemas: O cinema das origens

Grupo D: Componentes: Bárbara, Denise, Fernando, Paulo Victor e Vitor.

1 - ESSES LUGARES INÍQUOS, ESSES ESPETÁCULOS SUSPEITOS...
No primeiro capitulo do texto o autor deixa em evidencia para o leitor o quanto o cinema constituido a partir do cinematrógrafo sofreu mudanças até chegar a se transformar no cinema tal qual conhecemos hoje.
O cinema em seu inicio reuniu as mais derivadas formas populares de cultura e era exibido em casas de espetaculos de variedades. Na medida em que o filme narrativo foi se desenvolvendo o cinema começou a ganhar uma cara diferente, então os primeiros filmes começaram a serem substituídos por um tipo mais naturalista e preocupado com a verossimilhança dos eventos, inaugurado assim o uso da ficção com efeito de realidade.

2 - O QUADRO "CONFUSO"
A “confusão” que existia nos primeiros filmes estava na dificuldade de assimilar o plano aproximado à contiguidade da ação narrativa. Registrava-se a cena de maneira frontal mostrando todos os acontecimentos de uma só vez, sem que dirigisse o olhar do público para os pontos principais. Entretanto se isso acontecia, é porque havia um público capaz de decodificar e entender o que era transmitido.
Os primeiros dramas de ficção com duração razoável foram as encenações da Paixão de Cristo, que na verdade consistia numa junção de vários filmes que narravam partes distintas da vida de Cristo.
Hoje, o cinema moderno decompõe as ações simultâneas em uma sequencia linear deixando as informações de maneira mais clara para o público.

3 - A LINEARIZAÇÃO DA HISTÓRIA
Uma característica peculiar do primeiro cinema é o agrupamento de todas as ações a serem mostradas no filme em um mesmo enquadramento. Isso acontecia, pois os filmes eram rodados com a câmera fixa em um determinado local, limitando o raio de ação da mesma.
Surge a partir desse problema a busca pela linearização da história, conforme o modelo da linguagem escrita. Ou seja, transmitir para o cinema o mesmo sistema de narrativa da linguagem escrita.

4 - O FILME DE PERSEGUIÇÃO
Nos filmes do primeiro cinema uma cena de perseguição era feita em círculos. Os atores não podiam sair do raio de ação da câmera. Mas as técnicas que foram aperfeiçoadas com a busca pela linearização, como por exemplo, a cena ser gravada em diversas tomadas, deixando para trás a filmagem única e em tempo real, provocou uma grande evolução nos filmes desse gênero. De fato, o filme de perseguição se tornou o primeiro gênero cinematográfico legalmente considerado como uma unidade e não mais como um agregado de “filmes”.

5 – O FILME DE VOYEURISMO
A primeira forma de cinema se deu a partir de temas voltados para o erotismo do olhar, tendo direta ligação com o ato de espiar, daí o nome filme de voyeurismo ou filme de buraco de fechadura.
O filme voyeur tira o telespectador da posição cômoda e o traz para perto do protagonista e da ação, como se fizesse parte dela. Para essa aproximação, eram utilizadas tomadas ampliadas (primeiro plano), com a utilização de máscaras negras circulares, remetendo aos buracos das fechaduras. Porém com o tempo, essas máscaras foram sendo retiradas aos poucos, buscando a passagem para o primeiro plano sem o auxílio de um dispositivo de ampliação.
Uma característica peculiar do primeiro cinema é o agrupamento de todas as ações a serem mostradas no filme em um mesmo enquadramento. Isso acontecia, pois os filmes eram rodados com a câmera fixa em um determinado local, limitando o raio de ação da mesma.

6 – O NASCIMENTO DO NARRADOR
À caminho do cinema de narrativa existe um momento de grande destaque e muito comum em todo o primeiro cinema, caracterizado pela montagem paralela, que foi popularizada pelo diretor estadunidense Griffith. A partir dela, ele construiu o suspense (narrativa) e o padrão a-b-a-b de edição.
A partir da alternância de ações/cenas (montagem paralela), surge a alternância de conceitos, como riqueza x pobreza, privação x desperdício, abrindo assim portas para o cinema conceitual.
Surge também o campo/contracampo, quando o cinema finalmente atinge a continuidade espaço – temporal tão almejada.

7 - O FONÓGRAFO VISUAL
Há um diagnóstico na teoria cinematográfica apoiada por alguns pensadores que coloca o cinema como expressão meramente visual, diminuindo o valor da musica e da atividade sonora como manifestação cinematográfica.
Mesmo com o passar dos anos e da evolução musical-tecnológica o cinema continua sendo uma atividade visual. Uma prova disso é que um filme mudo tem tanta legitimidade quanto um filme com trilha sonora. Já um filme sem imagem e com trilha não se sustenta como cinema. Para um som ser cinematográfico ele precisa estar atrelado a uma fonte visual.
No caso da televisão, o som ganha um papel mais importante na composição de um programa. Há quem chamasse a TV de “radio ilustrado”. Uma pessoa pode muito bem acompanhar uma novela ou um jogo de futebol somente ouvindo a TV. Porém essa tecnologia ainda não era 100% confiável já que caso o filme rompesse durante a exibição a sincronia era perdida.
A solução para isso foi a incorporação do som diretamente na película, que criava uma unidade entre som e imagem.
O fonógrafo de Edison foi usado como difusor musical, registrando vozes de cantores líricos e orquestras. A televisão, quando surge, absorve inteiramente para si a idéia do fonógrafo visual. Assim como o quinetofone de Edison é um fonógrafo com imagens, a televisão será também, num certo sentido, um rádio com imagens.

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